terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ficou meio grande, mas foi o que saiu.

O Zér é modesto mesmo, ele escreveu (o 2ºpost) um texto grande e gostoso de ler (como um grande pote de Nutella) que diz bastante do que e como ele é, mas ele fica "é.. foi o que saiu...". Ah! Toma jeito rapaz! Ficou um maravilhoso. Só que no meu texto eu quis resumir tanto que me expus pouco e quem não me conhece ficou sabendo o mínimo de mim. Estou sem tempo para escrever muito aqui, ainda não terminei as leituras do IPL, por isso postarei minha carta de apresentação (uma edição dela), que pode parecer uma novela mexiacana. No entanto, quem preferir a história curta leia o post.  



Sou Juliana Araújo Peres. Apesar de não morar na zona sul da cidade do Rio, carrego como tantos outros conterrâneos, o sentimento quase utópico de “ser carioca”. Depois de duas tentativas, que equivaleram a dois anos da minha vida, consegui vencer o vestibular (obstáculo/acesso) da estadual e da federal do RJ, para Geografia e Ciências Sociais, respectivamente. Escolhi, divinamente auxiliada, a Geografia e no segundo semestre de 2008 um sonho pessoal e familiar se realizou: eu estava entrando numa sala de aula universitária. Só havia um problema...

Meu nascimento foi um marco na minha família, não falo isso por egocentrismo. Minha mãe, a filha de um pastor de renome, grávida, sem estar casada. A família precisou quebrar paradigmas, precisou se unir mais para enfrentar a própria igreja (boa parte dela), a sociedade. Nasci, fui apresentada com um mês e meio na Igreja Missionária Evangélica Maranata e de lá não saí. Aos três anos de idade fiquei doente. Muito doente. Desenvolvi uma epilepsia rara, cuja incidência era quase desconhecida no Brasil, para se ter idéia, nem saberia dizer o nome certo da moléstia, mas o que acontecia não é algo que se possa esquecer: a pressão aumentava, a temperatura diminuía e não conseguia me  manter alerta/acordada. Eu estava morrendo, eu iria morrer (é o que os todos os médicos afirmavam com convicção). Então, o maravilhoso Deus interveio, ouvindo as orações da minha família e das muitas congregações do Senhor: conhecemos um homem, que conhecia outro homem, este por sua vez conhecia aquele homem que contou o meu caso a um médico do Instituto de Neurologia Deolindo Couto-UFRJ (onde era difícil conseguir uma vaga). Fui atendida, examinada, medicada e hoje, estou curada, ondas cerebrais dançando no ritmo que deveriam dançar. Entendo que o Senhor fez desta forma, que pode até parecer “não-sobrenatural” (embora eu pense que seja) para alguns, mas que contribuiu para a construção do conhecimento nessa área e especificamente para tantas outras pessoas que vierem a ter a mesma doença. Cresci crendo num Senhor que pode todas as coisas, que pode mudar os rumos, “abrir portas até onde não há paredes” (clichê ou não, é a verdade).

Na igreja eu me sentia acolhida como em minha casa e aprendi do Senhor. “Aceitei” a Cristo (desde os sete anos) em apelos de final de culto muitas vezes, até pensar aos 12 anos: “é, acho que já está bom”, Cristo estava na minha mente. Aos 16 anos fui batizada, porém, minha caminhada adolescente se sucedeu numa série de reafirmações de fé, foi difícil. No entanto, nunca vi a possibilidade de vida fora de Cristo. A esta altura, Ele não era apenas um pensamento, um Deus bom e amoroso, mas meu oxigênio. Agora sim, vamos chegar ao problema do ingresso à universidade: na turma de Geografia: não havia comunhão ou amor ao próximo naquele lugar, o mundo era maior, mais frio e assustador do que eu pensava. Então o Pai enviou alguém, meu veterano Erik, com quem eu já havia teclado e trocado algumas figurinhas sobre João Alexandre, me levou a uma reunião da ABUB no 9º andar, dirigida pelo Pedro (que veio a ser meu namorado há pouco mais de um ano), a UERJ não era tão fria, sem amor ou vida, como eu enxerguei à primeira vista . Eu fiquei realmente maravilhada com essa tal idéia inspirada pelo Pai e de sigla confusa. Fui acolhida como em casa, novamente. Desde então, tenho caminhado na ABUB e aprendido muito. Interagindo com irmãos tão diferentes, de denominações diferentes, de épocas e cursos diferentes, desconstruí e reafirmei pensamentos sobre os mais variados assuntos, sempre a partir da transformadora visão que o evangelho nos traz.

Oro para que o IPL seja e/ou provoque experiências marcantes na minha caminhada e que isto gere frutos para ABUB (onde aprendi que já fazia parte da missão e onde pude provar do poder do amor da igreja extramuros), para a Maranata, minha igreja local e para outras “propostas de serviço” apresentadas pelo Senhor da seara.

5 comentários:

Raquel disse...

olá juliana e eliezer!
só vim dizer que é muito bom ler relatos como os seus. eles dão ânimo e coragem pra gente seguir em frente nessa caminhada cristã, dentro (e fora) da universidade.
espero q vcs tenham um ótimo IPL! que ele seja um marco na vida d vcs!
bjos,
Raquel (abu-viçosa)

Anônimo disse...

Já falei isso, mas repito aqui: glória a Deus por esse testemunho, que bom que vc está aí! BençãOS, abraços pra vc e pra galera toda do IPL!!!

Bjos

Prisciliana

Anônimo disse...

Olá filha! só passei pra dizer o quanto me orgulho de ser mãe sua.Ter amo. minha benção onde quer que vc vá. para sempre viu?

Anônimo disse...

Olá querida, que te amo, pra vc não é novidade, mas é sempre bom ouvir, pois as boas coisas também vêm pelo ouvir, não é?! Lí teus relatos, amo ler tudo que vc escreve. Vc é inspirada e inspiradora. Sei que isto não é seu, é dom do Pai.
Lembre-se sempre que Ele não faz nada sem propósito e que "...a quem muito é dado, muito será cobrado...".

Continue assim, crescendo em "quase tudo", hihihi, pelo menos em estatura moral e espiritual. Tenho acompanhado sua trajetória e vejo que ela, graças ao Pai e aos teus esforços e perseverança, tem crescido muito.

Apesar de não vc não ter nascido de mim, te amo como se fosse. Vibrei com cada novo sapatinho, com cada apresentação que pude assistir no jardim, como me orgulhei, chorei e agradecí ao Pai, por sua entrada da Universidade.

Hoje meu coração tb agradece por vc estar aí, "bem longe" e tão perto, cumprindo o chamado do Pai na sua vida.

"Vou te levar comigo, pra onde quer que eu vá" e a minha benção tb vai te acompanhar, em Nome de Jesus Cristo.
Te amo ao infinito e além ..... Tia Meire

Anônimo disse...

Que linda historia de vida Juliana! Amei conhever seu blog! Bjs. Daniela S Frozi

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